Notícias

Ano / 2016

ALMOÇO PALESTRA COM WILSON BRUMER, GESTOR DA B&P INVESTIMENTOS

  01 de Abril de 2016


ALMOÇO PALESTRA COM WILSON BRUMER, GESTOR DA B&P INVESTIMENTOSA ADCE Minas realizou no último dia 23 de março o primeiro Almoço Palestra do ano, com a participação especial do administrador de empresas e gestor da B&P Investimentos, Wilson Brumer, que discorreu sobre o tema “Cenário e Tendências da Economia Mundial – Ênfase Brasil”.

O evento marcou a abertura de uma série de Almoços Palestras que a entidade pretende realizar durante o ano em parceria com a Fiemg, por intermédio do SESI, proporcionando aos associados, empresários e dirigentes de empresas a aquisição de informações, o estimulo ao pensamento crítico e a constituir conexões práticas acerca de vários temas.

Na abertura do evento, o presidente da ADCE Minas, Sérgio Frade saudou o palestrante lembrando as palavras do Senador Antonio Anastasia, ditas em fevereiro de 2015, durante Almoço Palestra, destacando que somente com uma liderança firme, com muito planejamento, e com um projeto de desenvolvimento bem elaborado, poderemos promover as grandes reformas necessárias para sairmos do ambiente de pessimismo e avançarmos de verdade, economicamente e socialmente.

Passado mais de um ano, seguimos vivenciando uma das mais profundas crises que se abateu sobre o país, motivo pelo qual a ADCE Minas, em conjunto com a ADCE Brasil, apresentou recentemente uma Nota à Sociedade Brasileira, conclamando todos os empresários e dirigentes cristãos de empresas a contribuir de forma efetiva, com atitudes e exemplos concretos, visando a reorganização da nossa sociedade para que ela seja ética, honrada, justa e fraterna.

Almoco almoco 2

O presidente da ADCE Minas, aproveitou o evento para apresentar o Balanço das Ações e Atividades da ADCE Minas durante o 2º SEMESTRE DE 2015 que, somadas às atividades no 1º SEMESTRE representaram o compromisso da atual Diretoria em colocar a ADCE Minas como ponto de referência na sociedade ao estimular a gestão empresarial baseada no pensamento social cristão – de ética, solidariedade, justiça, verdade e bem comum – e no fortalecimento dos valores que embasam o bom funcionamento das nossas famílias e da sociedade.

Confira abaixo a matéria sobre o evento publicada pelo Diário do Comércio:

BRUMER DEFENDE VISÃO SISTÊMICA NO PAÍS
25/03/2016

Para o gestor da B&P "não adianta o governo adotar medidas isoladas como vem fazendo sempre"

“Falta ao Brasil um projeto de País. O que se tem hoje é um projeto de poder”. É assim que o administrador de empresas e gestor da B&P Investimentos, Wilson Brumer, define a atual conjuntura política e econômica nacional. Para ele, qualquer solução que se proponha somente será viável a partir do momento que reformas estruturantes forem feitas e a competitividade recuperada. Isso leva tempo e, até lá, as medidas e os processos adotados até aqui precisarão ser revistos.

“Não adianta o governo adotar medidas isoladas como vem fazendo desde sempre. Um projeto de País não é e não pode ser só isso. Precisamos de uma visão sistêmica: ou encaremos os problemas e realizamos as mudanças necessárias ou daqui a 25 anos os impasses serão os mesmos”, alertou aos empresários durante o primeiro “Almoço Palestra” de 2016 da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE-MG).

Em uma palestra cujo tema era “Cenário e Tendências para a Economia Mundial – Ênfase Brasil”, Brumer tratou sobre os atuais problemas vividos pelo País do ponto de vista político e econômico. Citou exemplos a partir de ações adotadas por outros países e sugeriu reformas estruturais como forma de solucionar os impasses brasileiros.

“É preciso uma mudança de filosofia que inclua a transformação de questões como impostos, infraestrutura, logística, administração de estatais, ambiente de negócios, investimentos, política agrícola, sustentabilidade e outros”, enumera.

O especialista destaca que enquanto nações em desenvolvimento buscam alternativas para prolongar os ciclos de crescimento, no Brasil já há o argumento de que o período industrial acabou. Isso porque, enquanto na década de 1970 a indústria de transformação representava cerca de 22% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano passado essa participação caiu para 9%.

Conforme Brumer, embora muitos apostem no segmento de serviços como novo motor da economia, é válido ressaltar que o mesmo também já começa a sentir os efeitos da crise econômica e a entrar em um processo de desaceleração.

“Vários segmentos podem convergir numa economia, por que não? Podemos explorar diversas atividades que se complementem e contribuam para o desenvolvimento do País. O exemplo mais claro que temos de um processo como esse é a Alemanha, onde setores financeiro, industrial, turismo, entre outros, convivem muito bem”, justifica.

Para isso, no entanto, ele lembra que o País precisa ser competitivo, o que não ocorre com o Brasil. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o País aparece em 75º lugar no ranking de competitividade do mundo. Nas primeiras posições aparecem Suíça, Cingapura, Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Japão. De maneira complementar, Brumer lembra que as causas dessa falta de competitividade estão nas bases estruturais da sociedade, da economia e principalmente da política.

“Vejam nossa saúde, a educação. O próprio ambiente macroeconômico não é favorável. A infraestrutura é de chorar. A inovação se encontra em níveis muito inferiores à de outros países. E o problema não é o dinheiro, é a gestão. Há mais de um ano e três meses não temos governo. Por aqui, a disputa é pelo poder. Não se fala em outra coisa que não seja a crise, apenas em função de uma disputa por poder”, argumenta.

Fonte: Diário do Comércio - 25/03/2016 – Reportagem de Mara Bianchetti