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Ano / 2015

ALTA DO DÓLAR E MERCADO DE BUFÊS

  20 de Outubro de 2015


ALTA DO DÓLAR E MERCADO DE BUFÊSO mercado de bufês já está habituado a virar o ano pressionado pela alta dos preços, impulsionadas pelas festas de Natal e Réveillon. A situação sempre foi comum, mas, posteriormente, os preços baixavam nos meses seguintes com o cotidiano voltando ao normal. O que se vivenciou no início de 2015, foi um movimento contrário, com o dólar ultrapassando o patamar dos R$ 3,20, deixando o setor financeiro das empresas em constante estado de alerta. As empresas que atuam com o serviço de bufês estão exatamente nesse estado. A alta do dólar afeta todo processo produtivo dos bufês.

A farinha de trigo, um dos principais insumos usados no segmento, é importada e impacta diretamente a cadeia produtiva do setor. Somente neste ano, a farinha registrou uma alta de aproximadamente 6,5%. O produto é utilizado, desde o simples salgadinho, passando por bolos, a pratos mais elaborados e sofisticados. Estamos passando por um período em que o aumento de vários insumos estão ligados a problemas climáticos do Brasil, mas somado a este fator atravessamos um momento que a política financeira e a contínua elevação do dólar, sem dúvida, provocarão uma readequação dos preços.

Enquanto o temor ronda as políticas financeiras brasileiras, os bufês dependem da criatividade e uso de alternativas para evitarem os produtos que mais sobem de preço. Só assim será possível proporcionar melhores condições para estimular a contratação dos serviços. Os cardápios são os que mais requerem elaboração. A sofisticação não está somente em pratos conhecidos pelo valor agregado mais elevado. Uma receita diferente pode ser criada a partir da utilização de ingredientes da safra, da culinária mineira que, certamente, satisfará os clientes e convidados, destacando a originalidade.

A tapioca é um exemplo. O alimento não contém glúten, é barato e combina com vários ingredientes para serviços, até mesmo na comida ao vivo. Outra boa sugestão é a carne de sol, muito apreciada e que pode ser usada de diversas formas, com simplicidade e sofisticação, a exemplo de um escondidinho.

Em relação aos doces, as possibilidades aumentam ainda mais. Os itens importados como tâmaras, nozes e damascos, podem ser facilmente substituídos por antigos doces, muito apreciados e tradicionais. O cajuzinho, olho de sogra, canudinho de doce de leite que, embora remetam a festas infantis, surpreenderão os convidados em qualquer evento. O importante é não deixar o cliente sem uma boa opção para fazer o evento.

O planejamento dos bufês também é uma ferramenta essencial para passar por esse momento complicado. As empresas precisam ter um sistema integrado para fazerem a melhor análise dos insumos de reposição de estoque. É preciso ficar atento a realidade brasileira, que passa por uma fase com diversas variáveis negativas, como a alta do dólar, temor de escassez de água e energia elétrica, afetando diretamente o segmento.

Apesar do pessimismo que ronda a economia brasileira, a receita é reduzir a margem de lucro e abusar de criatividade, enquanto esperamos dias melhores. Por parte dos bufês, garantimos que não faltarão alternativas para atender o consumidor da melhor forma possível. Os momentos como esses são para tirar proveito das dificuldades, demonstrando que comprar nossos serviços será sempre a melhor opção para realizar os sonhos dos nossos clientes.