MERCADO DE BUFÊS NÃO PARA DE CRESCER
12 de Marco de 2015
O setor de eventos quintuplicou nos últimos 12 anos e continua a crescer. Conforme estudo feito pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a Abeoc Brasil (Associação Brasileira de Empresa de Eventos), o segmento movimentou R$ 209,2 bilhões, em 2013, representando uma participação de 4,32% no PIB. Uma pesquisa anterior, feita em 2002 (com dados de 2001), apontou que a renda anual da indústria de eventos foi de R$ 37 bilhões naquele ano.
Os interessados em investirem no segmento têm notícias boas e elas não param por aí. Ainda de acordo com a Abeoc, o setor cresce acima da média brasileira com índice de 14% ao ano, gerando mais de 7 milhões de empregos diretos e indiretos. A receita das empresas organizadoras de eventos aumentou 18 vezes, de R$ 4 bilhões para R$ 59 bilhões, de 2001 a 2013. As justificativas para essa elevação passam por fatores culturais, sociais e econômicos. A ampliação da renda do brasileiro fez crescer a demanda por eventos artísticos e culturais. Vale lembrar que somos culturalmente um povo que gosta de celebrar e motivos não faltam para isso. As festas de aniversário, bodas, batizados, casamentos, noivados e confraternizações de empresas, enfim, eventos que não acabam mais.
Uma parte fundamental do segmento de festas é os bufês. O Brasil tem 21.958 pequenas empresas que fornecem serviços de alimentação para eventos e recepções, número cinco vezes maior que em 2007, quando o país tinha 4.285, de acordo com Sebrae. Analisando a distribuição das empresas pelo Brasil, com dados disponibilizados do período de 2007 a 2012, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentravam 61% dos bufês brasileiros, com 5.596, 2.551 e 1.498 estabelecimentos, respectivamente. Os dados do Sindbufê (Sindicato dos Bufês de Belo Horizonte e Região Metropolitana) revelam que, somente na região metropolitana de Belo Horizonte, existem mil bufês, promovendo, em média, 15 eventos mensais por empresa.
A manutenção do crescimento requer higiene, uma área independente para recebimento e armazenagem de mercadorias e outra para a produção e manipulação de alimentos, além dos demais cuidados que qualquer outra empresa deve ter. Porém, esses passos nem sempre são seguidos com precisão pelos estabelecimentos.
A demanda pela excelência dos serviços prestados levou o Sindbufê a criar um “Selo de Qualidade” para garantir a solidez do negócio e a segurança alimentar no preparo dos produtos servidos. Ao contratar um dos bufês contemplados com esse selo, o cliente poderá ter confiança e segurança da qualidade do serviço e que os procedimentos de higiene estão sendo corretamente executados dentro das mais rígidas normas de qualidade e segurança alimentar.
O selo comprova que o maior desafio do setor ainda é a qualificação e o aperfeiçoamento da mão de obra e serviços. Os clientes têm se mostrado cada vez mais exigentes, tornando os investimentos em qualificação ainda mais urgentes e fundamentais para darem continuidade ao crescimento do setor.
As informações das pesquisas também são essenciais para o planejamento das empresas. A partir dos dados levantados, os empreendedores podem definir investimentos, analisar a ampliação dos negócios, verificar os pontos positivos e negativos do mercado, identificando demandas para novos negócios.