SINDBUFÊ FECHA ACORDO COM ASSOCIAÇÃO DE GARÇONS
10 de Dezembro de 2014
A falta de mão de obra qualificada está com dias contatos nos bufês de Belo Horizonte. Um acordo estabelecido entre o Sindicato dos Bufês de Belo Horizonte e Região (Sindbufê) e a Associação dos Garçons Profissionais e Similares de Minas Gerais (AGPSMG) definiu uma série de condições para o trabalho do profissional dentro dos bufês. O principal tópico define que os bufês filiados somente contratarão garçons que estejam devidamente registrados na AGPSMG. Com essa estratégia, as duas instituições esperam diminuir o problema de mão de obra desqualificada, comum, principalmente, durante o fim de ano. O diferencial é que o profissional autônomo deverá estar em dia com o INSS para ser registrado. Outra ação é o oferecimento de cursos de reciclagem para antigos garçons e treinamentos para novos profissionais.
O acordo define os direitos e deveres dos profissionais quanto a carga horária, pagamento de hora extra, alimentação, funções de cada profissional, formas de pagamento e fiscalização do cumprimento das normas. Sobre a unificação da tabela de remuneração de autônomos, por exemplo, fica estabelecido, que o maître deve receber um valor 70% maior que o oferecido ao garçom. “A partir da prática do mercado, cada bufê define qual valor de remuneração irá oferecer aos seus garçons. Contudo, o maître deve receber sempre 70% a mais. Cabe ao profissional escolher a melhor remuneração”, explica o Presidente do Sindbufê João Teixeira Filho.
O acordo é recente e está em fase de adaptação e convencimento de ambos as partes, valendo apenas para garçons registrados no AGPSMG e bufês filiados ao Sindicato. “Foi dado o primeiro passo para uma relação de serviços mais saudável. O acordo será renovado anualmente, sendo essa a oportunidade para propor novas melhorias”, observa o presidente do Sindbufê.
Segundo o presidente da AGSMG Delson Curvelano de Moura, o acordo definiu termos mais claros quanto aos direitos e deveres de cada um e melhorou a qualidade dos serviços. “Houve grande procura e aumento no número de garçons registrados. Desde de setembro de 2013, o volume passou de 4.600 para 5 mil. A expectativa é chegar a 7 mil até o fim do ano. Com o registro, eles precisam ser mais profissionais e fazerem cursos de reciclagem para melhorar o serviço”, observa Curvelano de Moura.
Para o vice-presidente da instituição, Roberto Lopes - responsável pelos cursos de reciclagem e profissionalização, “o objetivo é instruir dentro dos moldes exigidos para bufês. Cada evento tem uma característica diferente, podendo conter até quatro serviços diferentes. O profissional deve chegar pronto para qualquer serviço”, conta. São oferecidos cursos para iniciantes, com carga horária de 6 semanas, e de reciclagem com carga de até 20 horas. Desde a assinatura do acordo, cinco turmas já concluíram o treinamento de reciclagem.